Pellegrino / Peregrinus - Em movimento na totalidade dos quatro cantos; Céu e Terra; Em tudo que voa acima da terra; Em tudo que cresce na terra; Em tudo que respira.
sábado, 16 de julho de 2011
Luta: Esporte, Arte ou Filosofia de Vida?
Baseado num critério de avaliação que contempla dois pontos, faço a afirmação de que A LUTA É UM ESPORTE:
1º- Já que é uma atividade física.
2º- Já que é realizada dentro de um sistema didático.
A LUTA É UMA ARTE:
Por ser uma atividade humana que a partir de percepções, emoções e idéias, gera expectativas diferentes, assim como um significado único para cada um de seus praticantes.
Portanto, a partir do corpo, e do esporte baseado na defesa pessoal – que é o seu aspecto mais elementar, encontra se a ressignificação da atividade de luta.
A nossa idéia é que A LUTA TAMBÉM É UMA FILOSOFIA DE VIDA para o desenvolvimento humano.
terça-feira, 12 de julho de 2011
Uma Reavaliação Pela Multiplicidade
Eu sempre olhei com desconfiança e discordei de um mundo onde fosse possível rotular com exatidão todas as coisas. Para mim, um mundo assim; bem definido, objetivo e concreto, não passa de um mundo pobre e limitado.
Tenho sim, valorizado o desenvolvimento de um número bem considerável de experiências para minha vida, e evitado a minha fixação numa referência identitária. Entendo muito bem que tudo o que é definido, ao mesmo tempo torna-se limitado. É uma lógica de oposição - quando nos definimos como aquele alguém, ao mesmo tempo definimos tudo aquilo que não somos e que também nunca seremos como um outro alguém.
Assim, alguns me chamam por esse ou por aquele nome, mas eu lá no fundo, nunca aceito uma identificação definitiva, porque se a aceitasse me fecharia automaticamente a todas as outras possibilidades de ser como pessoa.
O filósofo Marx bem nos lembra que não podemos nos identificar como o tal, que não estamos sozinhos em nossa escolha, que a condição histórica também determina muita coisa a nosso respeito. Lacan revendo Freud – com a máxima: “penso onde não penso que sou”, também nos dá a idéia do inconsciente comandando muito mais do que antes pesávamos. E mesmo Saussure com sua lingüística, nos ensina que não somos donos nem da nossa própria fala. Ou ainda, Foucault que nos alerta quanto as instituições disciplinares que dão o tom para nossa vida...
Enfim, os tempos são outros, as realidades são outras, as verdades que serviam no passado agora já estão obsoletas. Há de se pensar agora, que esta nova consciência vai exigir de nós uma reavaliação pela multiplicidade.
Múltiplos são os modos de ser, múltiplas são as possibilidades de redimensionamento do mundo. A minha proposta é sair com emergência da vidinha limitada, para experimentar uma nova brincadeira - daqui até a transcendência, num ousar pela multiplicidade de ser.
Que assim seja!
quinta-feira, 7 de julho de 2011
A Maldição do P
sábado, 2 de julho de 2011
Autor ou um Finalizador?
Aqueles que estão familiarizados com o meu ensino, já conhecem a minha aversão direta quanto a todo tipo de processo de competição. O que penso ser um reflexo da minha adesão à espiritualidade cristã e ao seu modelo cooperativo de vida comunitária.
Seguindo a mesma linha crítica, proponho aqui uma reflexão:
Quando acontece um feito qualquer, e temos diante de nós um resultado, qual é a avaliação que devemos fazer procurando exercer justiça: Nomear um autor ou um finalizador?
Vou refazer a pergunta, criando um exemplo ordinário:
Durante uma partida de futebol, um jogador faz um gol.
Ele é o autor ou finalizador do gol?
Hoje em dia, é até bem comum o marketing futebolístico atribuir para tal jogador, certa marca gols... E o que sempre percebo é o discurso feito no sentido da autoria, de que o fulano competindo prevaleceu FAZENDO tantos gols.
Implico: Ele fez o gol, tudo bem, mas o autor do passe de bola, também não merece a mesma consideração? E quanto ao esquema de defesa do time adversário que falhou, será que de certa forma autoral também não contribuiu dentro do processo para realização do gol?
Eu particularmente, projeto e acredito num mundo mais cooperativo, e não faço avaliação de autoria, apenas reconheço o mérito de uma acertada finalização. Não acredito que exista justiça quando o ganho é para apenas um lado, entendo que todas as pontas devem ser favorecidas.
Que assim seja!
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