Pellegrino / Peregrinus - Em movimento na totalidade dos quatro cantos; Céu e Terra; Em tudo que voa acima da terra; Em tudo que cresce na terra; Em tudo que respira.
segunda-feira, 29 de agosto de 2011
Agredir OU Regredir?
Eu sou contra todo tipo de violência – sou pela cultura de paz, e quem me conhece sabe do meu jeitão tranqüilo, quase zen de lidar com o mundo. Com a minha luta eu faço arte, e o que rola de mais forte num combate marcial é simplesmente o resultado do preparo físico e psicológico que a própria luta proporciona – é só uma diversão com fator ascético (risos).
Por outro lado, recorrendo a uma boa etimologia podemos compreender melhor a palavra/conceito "agredir" composta por "ad" (quer dizer "para a frente") e "gradior" (significa "um movimento"), portanto, agredir é um movimento positivo que nos movimenta para frente. É um estado de espírito veemente que equivale a progredir ou transcender, numa pro atividade em relação à vida, numa motivação contínua, numa determinação implacável, sendo que regredir é exatamente o contrário disso.
Agredir é bom, como um avanço pessoal, e também como forma de motivar um grupo de pessoas a seguir em frente. Estamos acostumados a agredir indo contra, mas podemos muito bem agredir indo a favor (de nós mesmos e do outro). Apenas torna-se algo patológico quando se converte em agressão destrutiva, podendo aí sim, atingir o que conhecemos como violência e crueldade.
“Se só de pensar em matar já matou
Então, eu prefiro ouvir o pastor:
- Filho meu, não inveje o homem violento e nem siga nenhum dos seus caminhos” Rap: Racionais Mcs - Jesus Chorou
segunda-feira, 15 de agosto de 2011
Batismo da Luma: O Melhor Presente do Dia dos Pais
Ontem comemoramos o aniversário de 7 anos da Comunidade Batista em Sorocaba, aproveitamos para realizar alguns batismos, e coincidentemente era o dia dos pais, acabou sendo o melhor dia dos pais da minha vida, pois tive a honra e a felicidade de realizar o batismo da minha filha muito amada, a Luma.
Ela tem 11 anos, é uma menina inteligente, amorosa, e com muita maturidade entendendo a mensagem do Evangelho, por iniciativa própria pediu para professar a sua fé e ser batizada publicamente.
Eu agradeço muito a Deus em Cristo, pela vida dela - agradeço todos os dias da minha vida.
Agradeço a minha esposa, Luciana e a minha outra filha, a Luíza, aos meus familiares e amigos - aos que estavam lá no batismo como testemunhas, aos que ligaram depois dando os parabéns, e aos que sabendo agora vão se alegrar pela minha pequena.
Agradeço a Igreja Cristã Paulistana (ICEB) – ao Pr. Daniel da Silva e aos professores da EBD infantil que foram ao nosso lado como família, os primeiros discipuladores da Luma quando ela era pequenininha. Eu telefonei para o Daniel e contei sobre a decisão da Luma, ele sabe como nós amamos e somos gratos a esta igreja, mas precisava escrever e registrar mais uma vez.
E por fim, agradeço a todos os irmãos da Comunidade Batista em Sororocaba, ao Pr. Alexandre Robles que me deu esta oportunidade única como pai e ministro do Evangelho, e em especial a atual discipuladora da Luma, a Tia Zilda, que na hora do batismo da minha filha, lançou um sonoro e incentivador; “Luma, nós te amamos!”
AMÉM!
quinta-feira, 11 de agosto de 2011
Igrejas...Que desapareçam os cretinos fundamentais!
Como sempre me desenvolvi na multiplicidade da vida, conheci todo tipo de pessoas; desde lutadores que resolvem as coisas no mano a mano, passando por intelectuais humanistas com um discurso que sempre acrescenta algo, até o pessoal que venho convivendo nas igrejas, por conta da minha fé na espiritualidade cristã reformada.
Em especial, no último ambiente descrito, o ambiente das igrejas, foi onde eu encontrei as melhores pessoas, aquelas que foram produzidas no Espírito (João 3.3), porém foi no mesmo ambiente onde eu também encontrei a maior quantidade possível de “cretinos fundamentais”.
É isso mesmo; cretino ou imbecil fundamental, tomando a expressão criada por Nelson Rodrigues, que o descrevia como: “aquela pessoa capaz de deturpar o que é óbvio”.
Pois é o que eu mais percebo, principalmente no zé povinho da onda neo-penteca, deturpando o que é mais óbvio na simplicidade do Evangelho em troca de gorjeta, ou de querer comprar um pedacinho de terra lá no céu.
O Nelson falava que a maior revolução do Século XX , foi a rebelião do cretino fundamental, que antes disso, o cretino aceitava o seu papel fundamental de cretino - a margem da sociedade, mas que começou a nascer (culturalmente) um monte deles, e por fim, eles se tornaram a maioria em nossa sociedade.
São os sinais dos tempos, do tempo dos cretinos fundamentais: das mocinhas desnudas descendo na boquinha da garrafa e assassinando a MPB, dos literalmente palhaços elegidos de forma democrática pela maioria povo para representação do próprio povo, e voltando a eles, do povinho que é a maioria na igreja evangélica brasileira, que só pensa em levar vantagem, que só pensa em botar dinheiro no bolso e explorar o semelhante.
Bom, falo a partir do contexto que conheço muito bem...
E afinal, se você não é um cretino fundamental, posicione-se sempre no mundo favorecendo o maior número de seres. Por uma nova consciência e convivência universal, que permaneçam mais pessoas como você e que desapareçam os cretinos fundamentais.
quinta-feira, 4 de agosto de 2011
A Filosofia de Rocky Balboa
“E quando as coisas não vão bem; você procura alguém para culpar, como se fosse uma sombra. Mas eu vou te dizer uma coisa: O mundo não é um arco-íris, na verdade é um lugar bem ruim e sujo. E não importa o quão durão você seja; você vai apanhar e ficar de joelhos. Nem você, nem ninguém, pode bater mais forte do que a vida. Não se trata de como você é forte e de quanto você é capaz de bater, trata-se da sua capacidade de agüentar apanhar, ficar novamente de pé e seguir em frente. Assim a vida!."
Rocky Balboa - o pensador do cinema de ação
sábado, 16 de julho de 2011
Luta: Esporte, Arte ou Filosofia de Vida?
Baseado num critério de avaliação que contempla dois pontos, faço a afirmação de que A LUTA É UM ESPORTE:
1º- Já que é uma atividade física.
2º- Já que é realizada dentro de um sistema didático.
A LUTA É UMA ARTE:
Por ser uma atividade humana que a partir de percepções, emoções e idéias, gera expectativas diferentes, assim como um significado único para cada um de seus praticantes.
Portanto, a partir do corpo, e do esporte baseado na defesa pessoal – que é o seu aspecto mais elementar, encontra se a ressignificação da atividade de luta.
A nossa idéia é que A LUTA TAMBÉM É UMA FILOSOFIA DE VIDA para o desenvolvimento humano.
terça-feira, 12 de julho de 2011
Uma Reavaliação Pela Multiplicidade
Eu sempre olhei com desconfiança e discordei de um mundo onde fosse possível rotular com exatidão todas as coisas. Para mim, um mundo assim; bem definido, objetivo e concreto, não passa de um mundo pobre e limitado.
Tenho sim, valorizado o desenvolvimento de um número bem considerável de experiências para minha vida, e evitado a minha fixação numa referência identitária. Entendo muito bem que tudo o que é definido, ao mesmo tempo torna-se limitado. É uma lógica de oposição - quando nos definimos como aquele alguém, ao mesmo tempo definimos tudo aquilo que não somos e que também nunca seremos como um outro alguém.
Assim, alguns me chamam por esse ou por aquele nome, mas eu lá no fundo, nunca aceito uma identificação definitiva, porque se a aceitasse me fecharia automaticamente a todas as outras possibilidades de ser como pessoa.
O filósofo Marx bem nos lembra que não podemos nos identificar como o tal, que não estamos sozinhos em nossa escolha, que a condição histórica também determina muita coisa a nosso respeito. Lacan revendo Freud – com a máxima: “penso onde não penso que sou”, também nos dá a idéia do inconsciente comandando muito mais do que antes pesávamos. E mesmo Saussure com sua lingüística, nos ensina que não somos donos nem da nossa própria fala. Ou ainda, Foucault que nos alerta quanto as instituições disciplinares que dão o tom para nossa vida...
Enfim, os tempos são outros, as realidades são outras, as verdades que serviam no passado agora já estão obsoletas. Há de se pensar agora, que esta nova consciência vai exigir de nós uma reavaliação pela multiplicidade.
Múltiplos são os modos de ser, múltiplas são as possibilidades de redimensionamento do mundo. A minha proposta é sair com emergência da vidinha limitada, para experimentar uma nova brincadeira - daqui até a transcendência, num ousar pela multiplicidade de ser.
Que assim seja!
quinta-feira, 7 de julho de 2011
A Maldição do P
sábado, 2 de julho de 2011
Autor ou um Finalizador?
Aqueles que estão familiarizados com o meu ensino, já conhecem a minha aversão direta quanto a todo tipo de processo de competição. O que penso ser um reflexo da minha adesão à espiritualidade cristã e ao seu modelo cooperativo de vida comunitária.
Seguindo a mesma linha crítica, proponho aqui uma reflexão:
Quando acontece um feito qualquer, e temos diante de nós um resultado, qual é a avaliação que devemos fazer procurando exercer justiça: Nomear um autor ou um finalizador?
Vou refazer a pergunta, criando um exemplo ordinário:
Durante uma partida de futebol, um jogador faz um gol.
Ele é o autor ou finalizador do gol?
Hoje em dia, é até bem comum o marketing futebolístico atribuir para tal jogador, certa marca gols... E o que sempre percebo é o discurso feito no sentido da autoria, de que o fulano competindo prevaleceu FAZENDO tantos gols.
Implico: Ele fez o gol, tudo bem, mas o autor do passe de bola, também não merece a mesma consideração? E quanto ao esquema de defesa do time adversário que falhou, será que de certa forma autoral também não contribuiu dentro do processo para realização do gol?
Eu particularmente, projeto e acredito num mundo mais cooperativo, e não faço avaliação de autoria, apenas reconheço o mérito de uma acertada finalização. Não acredito que exista justiça quando o ganho é para apenas um lado, entendo que todas as pontas devem ser favorecidas.
Que assim seja!
sábado, 25 de junho de 2011
O QUADRANTE IDEOLÓGICO DO CAPITALISMO
Conheci pessoalmente o notável psicanalista e filósofo brasileiro Prof.Marcos Oliveira no final do ano de 2008 por conta de um feliz encontro didático (fui seu aluno no curso de formação em psicanálise) e com ele também conheci a sua teoria sócio-psicanalítica original, O QUADRANTE IDEOLÓGICO DO CAPITALISMO ou A TEORIA DOS QUATRO SETORES.
Em tal teoria ele alerta quanto à existência do que chamou de ESTRUTURA IDEOFÍSICA, como uma espécie de topografia subliminar do poder, uma realidade artificial imposta de forma sistêmica para um fim programado de ajustamento das pessoas em nossa sociedade. Assim os ajustadores, bem como, os ajustados, são condicionados de forma inconsciente, numa adequação sutil, pormenorizada e coercitiva a reconhecerem e se posicionarem socialmente num mundo montado e sustentado em quatro grandes pilares ou setores discursivos:
1)O SETOR MERCADOLÓGICO
É onde segunda a lógica do capitalismo, tudo é produzido e convertido em mercadoria para compra e venda, onde tudo é “coisificado”, onde até mesmo o ser humano é desconsiderado como pessoa e tratado como se fosse mais uma coisa, ao mesmo tempo, em que, um automóvel, por exemplo, por vezes é tratado como se fosse mais do que uma coisa, como se tivesse vida própria. Um mundo colorido de produtos que pretendem preencher o vazio existencial humano.
2)O SETOR MIDIÁTICO
É a mídia com sua grande força ideológica, que por meio da propaganda hipnótica cria o desejo pelo produto nas pessoas, e com o pior efeito possível produz nelas um “fetiche mercadológico” sem volta, transformando o estilo de vida das pessoas num estilo de puro consumo, considerado ingenuamente como o modo mais natural e normal do ser humano.
3)O SETOR RELIGIOSO
É um tremendo desserviço da escória religiosa ao próximo, já que em troca de qualquer gorjeta, a religião sacraliza o estilo de vida “capetalista”, e por meio de uma instrumentalização moral incentiva aqui e agora, um consumo feito a todo custo, como a promessa de entrada imediata no “novo céu e nova terra”. Daí, a prova de que os templos religiosos foram convertidos em nada mais nada menos, do que rentáveis shopping centers.
4)O SETOR POLÍTICO
É o setor regulador que serve para legalizar o sistema capitalista como ele foi montado ou se preciso for, reprimir e conter, de forma direta e indireta, qualquer levante contra tal sistema.
E por fim, o Prof. Marcos Oliveira, nos amina a uma REVOLUÇÃO GNOSIOLÓGICA – PAUTADA NO PENSAMENTO LIBERTÁRIO, num conjunto de ideações auto-conscientes para uma espécie de rebelião positiva contra a padronização mais típica do nosso SER (aquilo que está na moda), aquela que pretende fazer de nós, acéfalos repetidores numa acomodação acrítica.
Nas palavras de Freud:
“É impossível fugir a impressão de que as pessoas comumente empregam falsos padrões de avaliação – isto é, de que buscam poder, sucesso e riquezas para elas mesmas e os admiram nos outros, subestimando tudo aquilo que verdadeiramente tem valor na vida”.
Pense nisso!
sexta-feira, 10 de junho de 2011
Comprometer-se...
Sempre que consulto os mais experientes sobre as minhas idéias diante da vida, eles me afirmam que o precioso segredo é o compromisso que posso ter ou não com os sonhos do meu coração. Que o compromisso acompanha a descoberta de um imenso potencial, que apesar das dificuldades e dos incômodos, agindo compromissado, sou arremessado invariavelmente rumo a novos mundos.
Ou seja, comprometer-se é permitir que todas as forças atuem em comunhão, sem com isso, aguardar aplausos, nem temer pedradas, sem ter medo do resultado, apenas seguir comprometido a jornada da vida.
Enfim, comprometer-se (permanecer comprometido) é enfrentar e superar os maiores obstáculos que nos aparecem pela frente. É atravessar a linha que divide o querer e o fazer; o buscar e o acreditar. Fazendo de um jeito a enfrentar a vida sempre com o melhor espírito perseverante.
quinta-feira, 9 de junho de 2011
Falta urgência para ser herói
Todos vivem na presença das idéias, e aquelas melhores idéias promovem os grandes sonhos e realizações, sendo os realizadores, os grandes heróis da humanidade. Sim cada um de nós, de certa forma, posiciona-se invariavelmente no mundo de forma heróica, ou seja, rompendo com mitos pré-estabelecidos, cada um tentando dar sua resposta existencial... Construindo o seu mito pessoal.
Eu pessoalmente simpatizo com a idéia de saber que alguém procura enfim fazer alguma justiça, alguma coisa boa num mundo tão injusto, algo assim digno de um verdadeiro herói, se bem que talvez eu pense assim por ter crescido lendo super heróis de HQ (risos).
Sim, mas acredito que de vez em quando, é mesmo bem possível rolar uma influência positiva, e um indivíduo passar a fornecer “exemplo heróico”. Falo daquele alguém cheio de esperança que parece ter um talento todo especial, agindo bem por um ideal maior que servirá a toda humanidade.
Assim como também reconheço a importância do personagem heróico na vida de cada ser humano que o acessa – na sua vontade onipotente em alcançar aquilo que está à frente. Falo daquela vontade que todos nós temos de nos desvencilharmos dos problemas, em nossa carência mais humana, nos vinculando ao que é forte, ao que pretendemos controlar... mesmo no fundo sabendo que tudo isso, não passa de puro recurso fantasístico...
Se bem que falando em herói e controle, é bom também salientar, que a forma heróica também é bastante modelar, já que historicamente quem exerce poder, impõe ao herói de forma instrumental e sistemática o maior sacrifício individual em nome do bem coletivo.
De qualquer forma, os grandes heróis chegaram antes, mas os “novos grandes heróis” também estão chegando. Isso significa que uma renovação está sempre acontecendo como a seqüência honrada e digna do trabalho dos antecessores.
Enfim, com certeza é boa coisa enfrentar o mundo com a perspectiva heróica da aventura, com esse senso valoroso de missão pela vida, aberto a um universo de possibilidades, porém sem vocação para super herói que vai salvar o mundo, sem fazer tanta força a ponto de acordar no dia seguinte com corpo e alma doloridos.
Como o Velho Raul bem cantava numa falta de urgência para ser herói em “Cowboy Fora Da Lei”:
“Mamãe, não quero ser prefeito
Pode ser que eu seja eleito
E alguém pode querer me assassinar
Eu não preciso ler jornais
Mentir sozinho eu sou capaz
Não quero ir de encontro ao azar
Papai não quero provar nada
Eu já servi à Pátria amada
E todo mundo cobra minha luz
Oh, coitado, foi tão cedo
Deus me livre, eu tenho medo
Morrer dependurado numa cruz
Eu não sou besta pra tirar onda de herói
Sou vacinado, eu sou cowboy
Cowboy fora da lei
Durango Kid só existe no gibi
E quem quiser que fique aqui
Entrar pra historia é com vocês!”
Existem muitos necessitados, e muitas batalhas a serem travadas por aí, mas hoje o herói não precisa ser necessariamente eu ou você, mas quem sabe uma outra pessoa, ou numa próxima vez...
sábado, 21 de maio de 2011
O Trem Fantasma
sábado, 30 de abril de 2011
Um Dia no Campo
No domingão – 10/04, a galera da Comunidade Batista em Sorocaba (onde estou com a minha família) se misturou com a galera da IBAB de São Paulo no melhor clima de comunhão do Salmo 133 para um Day Camp.
“Que vida boa ô ô ô
Que vida boa!
Sapo caiu na lagoa, sou eu no caminho do meu sertão.”
Vida Boa - Victor e Leo
Assinar:
Postagens (Atom)